Babies


Contador gratuito

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ela o viu. Igual. Nada o diferenciava, a não ser por ele estar lá. Ele nunca estava. O olhou nos olhos. Para sua surpresa, ele olhou também. Se cumprimentaram, se conheceram. Ela sorriu e ele retribuiu o sorriso formalmente. Mais uma vez, ela olhou profundamente em seus olhos.
-Adoraria que fosse conosco tomar uma cerveja.
Em todas as palavras, não houve sequer um desvio de olhar. Em sua vida toda, não houve sequer uma vez que ele havia aceitado.
Ela saiu rindo. Ele não iria. Saiu rindo, porque aquele momento tinha valido a pena. Ele pensou que não ia, pensou convicto que não. Mas se perdeu em outros pensamentos e foi. De alguma forma sutil ou profunda, alguns destinos haviam sido mudados de uma vez só.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Eu te olhei. Durante uns 2 ou 3 segundos. Não sei bem. Arrisco com audácia dizer que podem ter chegado a 5. Mas é melhor me conter no 3. Pois bem, te olhei. Te olhei. Saí com você do ônibus, fomos tomar sorvete. Depois rimos de um cartaz estranho voando na rua. Olhamos para os dois lados antes de atravessar a avenida e paramos debaixo de uma árvore para sentir a brisa no rosto. Nos casamos em algum dia do ano, tivemos nosso primeiro filho há dois meses. Continuei sorrindo mesmo depois da música ter terminado. Mesmo depois de você ter saltado do ônibus e ter esfumaçado um sonho infantil.